domingo, 30 de maio de 2010

Goiabeira



Nome científico: Psidium guajava


Nome popular: Guaíba, guava, araçú – guaçú, araçá – goiaba.

Parte utilizada: cascas do tronco, brotos e fruto maduro.


Características: Árvore de até 10 metros de altura com folhas aromáticas, tronco liso, casca fina, cor de cobre que se solta facilmente exibindo uma casca esverdeada embaixo. É nativa da América do Sul, desde a Venezuela até o Rio de Janeiro e cultivada em todos os países de clima tropical. São bem conhecidas usas variedades mais comuns, a de frutos com polpa vermelha e a de polpa branca. Para fins medicinais deve ser podada e regada freqüentemente para estimular a produção dos gomos que irão originar as folhas que são a parte medicinal da planta.



História: A goiaba foi domesticada no Peru há centenas de anos, segundo arqueólogos. Ainda hoje é muito apreciada nos trópicos e usada medicinalmente.
O nome goiaba em tupi – coihab- significa a que tem sementes juntas. A goiaba, sem sementes e sem casca, é laxativa; ela foi levada para Ásia, África, Índia e Ilhas do Pacífico e hoje está distribuída entre os trópicos. Embora tenha perdido a importância econômica, seu fruto continua sendo muito apreciado e abundante. Nos trópicos é chamada de maçã dos pobres.


Princípios ativos: taninos, triterpenos, flavonóides, óleos essenciais, vitamina C, além de muitas fibras.


Ações farmacológicas: atividade antimicrobiana, antidiarréica, fungicida, bactericida, antioxidante, antiúlcerativa, sedativa, antitussígena, tonificante do coração, utilizado em bochechos e gargarejos para inflamações na boca e na garganta.


Contra – indicação: usar com cautela em pacientes que toma medicação para o coração, pois possui ação deprimente do sistema nervoso.


Uso medicinal: chá das folhas para tratamento de diarréia de 2 a 3 vezes ao dia; o fruto pode ser usado como alimento remineralizante. A decocção das folhas e a casca, por via externa para enfermidades de pele e varizes. A fruta seca pode ser utilizada em casos de hemorróidas.


Bibliografia:


ALONSO, Jorge. Tratado de Fitofármacos e nutracêuticos. Editora Corpus. Argentina, 2007.
LORENZI, Harri; MATOS, F.J Abreu. Plantas medicinais no Brasil – nativas e exóticas. Instituto Plantarum. Nova Odessa, 2002.
ITF – Índice Terapêutico Fitoterápico – Ervas Medicinais. Editora EPUB. Rio de Janeiro, 2008.
CHEVALLIER, Andrew. Vida Saudável: Ervas Medicinais – Guia natural para cuidar da saúde. Editora Publifolha. São Paulo, 2005.
RUDDER, E.A.M. Guia completo das plantas medicinais. Editora Rideel. São Paulo, 2002.
http://ilhabonsai.com.br/userfiles/Goiaba.jpeg

Losna


Nome científico: Artemisia absinthium


Nomes populares: absinto, alenjo, Artemísia, erva- de- santa- margarida, alvina, erva dos vermes


Parte Utilizada: Folhas

Composição Química: lactonas sesquiterpenos em sua grande maioria.


Características gerais: planta aromática arbustiva com pouco mais de 1 metro de altura. Cresce em locais pedregosos da Europa, Ásia e norte da África. É cultivada na América do Norte e em alguns países da Europa para preparação de vinhos e licores, bem como no Brasil, onde é mantida em hortas e jardins para atender a seu emprego na medicina caseira, geralmente nas regiões de clima ameno. Em algumas regiões é cultivada com o aroma de cânfora.


História: a losna é uma das plantas medicinais mais antigas, sendo muito utilizada tanto no Oriente como no Ocidente. De acordo com a Bíblia, esta planta foi comparada com os aspectos desagradáveis da vida, devido ao nome da planta retirada da mitologia grega.
Os romanos costumavam colocar alguns ramos dessa erva em suas sandálias para combater os problemas que acometiam os pés, principalmente depois de longas caminhadas. No México se realizavam festas para a deusa do Sol, onde as mulheres dançavam com guirlandas de losna envolta da cabeça.


Uso medicinal: Esta planta é utilizada na preparação de aperitivos, aos quais se atribui propriedades carminativas, diuréticas, colagoga, abortiva e anti – helmíntica, por seu sabor amargo estimula a secreção do estômago, aumentando o volume da bile e do suco pancreático, bem como aumenta os movimentos peristálticos intestinais.
Ela é utilizada em casos de perda de apetite, distúrbios da digestão, do fígado e da visícula biliar, podendo ser usado na forma de chá, em uso externo na forma de cataplasma para tratar de picadas de insetos e ferimentos.


Contra indicação: se usado em períodos muito longos, pode ocasionar danos neurológicos, delírio, agressividade, tontura. Evitar contato com os órgãos sexuais por irritar a mucosa, e durante a gravidez e crianças pequenas.
Bibliografia:
MATOS, FJ Abreu; LORENZI, Harri. Plantas medicinais no Brasil - nativas e exóticas. Instituto Plantarum. Nova Odessa, 2002.
ALONSO, Jorge. Fitofármacos y nutracêuticos. Editora Corpus. Argentina, 2007.

sábado, 29 de maio de 2010

Bálsamo

Nome científico: Cotyledon orbiculata

Nome popular: pau – de – bálsamo, cabureiba, pau – vermelho, óleo vermelho.

Parte Utilizada: Folhas

Origem :
África do sul, Ásia e América Tropical.

Descrição
Esta planta tem folhas suculentas e cores que podem variar do verde ao cinza, muitas vezes com uma linha vermelha ao redor da margem. Ela possui cinco variedades, com base em diferenças na forma de folhas e flores. A variabilidade da folha, tamanho, forma e cor também é influenciada pelo ambiente imediato.

Curiosidade:


Esta é uma planta medicinal conhecida, por suas propriedades bactericidas e anti-sépticas. A parte carnuda da folha é aplicada por muitos sul-africanos para amaciar e remover calos duros e verrugas. Geralmente na África usam – se as folha seca como um amuleto protetor de uma criança órfã e como um brinquedo. Em outras partes do país, a folha aquecida é usada na forma de cataplasma para furúnculos e outras inflamações, acessíveis, em particular, dor de ouvido.


Propriedades medicinais: analgésica, antiinflamatória, cicatrizante, digestivo e vermífuga.

Modo de usar:


- Ao natural, sob a forma de saladas para inflamações gástricas, afecções no sistema respiratório e urinário;
-Folhas maceradas: eliminar verrugas;
-Infusão das folhas: para dores de cabeça e de dente, e para vermes intestinais;
- Cataplasma das folhas: dores de ouvido, inflamações e outros problemas de pele como acne;

Propriedades Terapêuticas : Digestivo, cicatrizante, emoliente.
Princípios Ativos : Ácidos benzóico e cinâmico.


Contra – Indicação: não utilizar por gestantes, crianças e pessoas com problemas de taquicardia ou problemas do coração.


Efeitos colaterais: os glicosídeos cardiotônicos em doses elevadas podem causar intoxicação que podem se manifestar como fraqueza e convulsão.

Bibliografia


http://www.plantzafrica.com/plantcd/cotyledorbic.htm
http://www.plantamed.com.br/plantaservas/especies/Cotyledon_orbiculata.htm
http://myweb.tiscali.co.uk/adrodisp/images/cotyledon-orbiculata
www.fitoterapicos.co.cc/

terça-feira, 4 de maio de 2010

Boldo de jardim

Nome:
boldo-de-jardim, falso-boldo, boldo, boldo-brasileiro, boldo-do-reino, alum, boldo-nacional, malva-santa, malva-amarga, sete-dores, boldo-do-brasil, falso-boldo, folha-de-oxala

Nome cientifico:
Plectranthus barbatus ou coleus barbatus

Familia:
Labiatae (lamiaceae)

Origem:
Originaria da Ìndia, trazida para o Brasil no periodo colonial.

Curiosidade:
O boldo de Jardim é facilmente confundido com os diversos tipos de boldos, incluindo o boldo do chile
(Peumus boldus). Porem o boldo chileno é de dificil cultivo no Brasil, sendo muito comum que sejam confundidos com o Boldo de Jardim, as poucas especies e remedios derivados do boldo-do-chile são em sua maioria importados.

Caracteristicas gerais:
Planta herbácea ou subarbustiva, aromatica, perene, erecta quando jovem e decumbente após 1-2 anos, pouco ramificada, de até 1,5 de altura. Folhas opostas, simples, ovalada de bordos denteadas, pilosas, medindo 5 a 8 cm de comprimento e de sabor muito amargo, flexiveis mesmo quando secas, sendo suculentas quando frescas. Produz flores azuis, dispostas em imflorescencias racemosas apicais.



Constituintes quimicos:
Oleo essencial rico em guaieno e fenchona, Barbatusina, ciclobarbatusina, cariocal, alem de tripernoides e esteroides

Estudos Cientificos:
Alguns estudos cientificos foram feitos com relação a plectranthus barbatus porem ainda tem muito a ser estudada, pois embora o uso popular desta planta possa ser justificada pela comprovação experimental da atividade hipossecretora gástrica, ainda nao se conhecem seus principios ativos responsaveis por esta ação.O ensaio farmacologico do extrato aquoso de suas folhas mostrou ação hipossecretora gástrica, diminuindo não só o volume de suco gástrico como a sua acidez ( Lapa, A.J., L.A. Fischman, L.A. Skoropa, C. Souccar. 1991)

Propriedade Medicinais:
Hipossecretora gastrica, diminuição da acidez do suco gastrico.

Usos terapeuticos:
Gastrite, dispepsia, azia, mal-estar gastrico, ressaca, e como amargo estimulante do apetite e da digestão.

Modo de preparo:
Usa-se o chá ou o extrato aquoso feito de preferencia com a folha fresca. O chá é feito no processo de infusão, feito com 3 ou 4 folhas com agua fervente em quantidade suficiente para uma xicara média (200 ml). Tomar 3 vezes ao dia.

Bibliografia:

ALONSO, J R., Tratado de Fitoterapia, Bases Clinicas y Farmacológicas, Editora: Íris, 1998.

Lorenzi, H., Matos, F.J., Plantas medicinais no Brasil, Nativas e Exosticas, Editora: Instituto Plantarum de estudos da flora Ltda. 2002