terça-feira, 26 de maio de 2009

Nome: Kalanchoe, folha da fortuna, Saião, coirama, erva da costa, orelha de monge, folha milagrosa  - Kalanchoe pinnata

Família: Crassulaceae

O Calanchoe é popularmente conhecido como saião roxo, coirama vermelha ou folha da fortuna. Trata-se de um subarbusto de ramos herbáceos cobertos de penugem. As suas flores de coloração rósea apresentam-se em cachos no ápice dos ramos, as folhas são ovais, arredondadas na base e serrilhadas nas bordas. Os frutos são constituídos de pequenas cápsulas contendo sementes.
Em geral apresenta grande durabilidade e por isso é muito utilizada em vasos em ambientes internos, já que também não se adequa bem à luz solar direta. Pode ser também plantada em jardins, preferindo locais bem iluminados, porém com iluminação indireta e longe de luzes artificiais.
Por acumular muita água precisa de poucos cuidados com a rega. No verão pode ser regada apenas duas vezes semanalmente e no inverno apenas uma ou quando o substrado estiver começando a ressecar.
O período de florada vai em geral do início do inverno ao fim da primavera. Pode ser encontrada com flores vermelhas, rosas, laranjas, brancas, amarelas e talvez outras cores.

É usada como uma panacéia (remédio para todos os males) pela população indígena e ribeirinha e na medicina tradicional de outras regiões brasileiras e de outros países ao longo do mundo há centenas de anos.

Curiosidades: A planta se multiplica através das folhas e talos, as folhas brotam com muita facilidade quando caem na terra, se enterrar parte da folha ela nasce. Existe uma crença popular que diz que pra saber se a casa tem prosperidade é só prender uma folha de Kalanchoe num prego na porta da casa e se ela brotar significa que a casa é prospera, por isso Folha da Fortuna.

Origem: África

Uso Terapêutico: como tônica e no tratamento de úlceras, gastrite, asma, tosse, aftas, calos, leucorréia, inflamações na gengiva, no intestino e nos tendões, usadas também no tratamento de lesões, abcessos, erisipelas, queimaduras e de osteoporose. Possui atividade anti-malarial e anti-histamínica.

Propriedades medicinais: atividade antimicrobiana, atividade antimigranosa (ação analgésica em dores de cabeça), aumenta o sistema imunológico, ação cicatrizante na pele, por bloquear substâncias como histaminas, ela atua no processo alérgico, erisipela, antiviral, antifúngico, dores de ouvido e Leishmaniose, relaxante muscular, diurética e febrífuga.


Parte utilizada: Folhas, geralmente em forma de cataplasma ou batida com água via oral.

Constituintes Químicos: O seu efeito imunossupressor deve-se a presença de ácidos graxos, a exemplo de ácido palmítico, ácido esteárico e ácido araquidônico. A propriedade anti-leishimanial (Leishmaniose) é atribuída a ativação de intermediários do óxido nítrico, enquanto que a propriedade antibacteriana está relacionada a briofilina, um antibiótico natural.
Existem uma diversidade de constituintes químicos que são responsáveis por todas estas propriedades terapêuticas. Dentre eles destacamos os flavonóides, que auxiliam no processo de cicatrização, cálcio, ácido succcínico, ácido málico, ácido cítrico e ácido lático. Também existem aminoácidos como arginina, que é anti-cancerígeno e fertilizante; glicina, que reduz a quantidade de ácido úrico no organismo e histidina. Os bufadienolídeos que estão presente nas folhas de Kalanchoe pinnata promovem uma atividade anti-tumoral; dentre eles destacamos o 12-O-tetradecanoilforbol-13-acetato e a briofilina, sendo que esta última exibiu uma inibição do tumor mais acentuada entre as combinações testadas.

Conta indicações: Pessoas com Hipotireoidismo e hipotensão (pressão baixa) grave.

Bibliografia:

ESTUDOS TOXICOLÓGICOS e MICROBIOLÓGICOS de Kalanchoe pinnata, Alethéia Lacerda da Silveira, Maria do Ceó Rodrigues, Marçal de Queiroz Paulo, UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA.

PANIZZA, S. Plantas que curam – Cheiro de Mato. São Paulo, SP. Ed. Ibrasa, 1997.

MATOS,J.A. Plantas Medicinais no Brasil – Nativas e Exóticas. Nova Odessa, SP. Instituto Plantarum, 2002.

ITF – Índice Terapêutico Fitoterápico – Ervas Medicinais. Editora EPUB. Rio de Janeiro, 2008.

ALONSO, Jorge. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Editora Corpus. Argentina, 2007.
 
Por Naturólogos: Bruna Rei e Caio Fábio

segunda-feira, 25 de maio de 2009



Nome: Alfazema - Lavandula angustifólia
Família: Lamiaceae (Labiatae)

O gênero Lavandula compreende um grupo de plantas floríferas, herbáceas ou subarbustivas, que podem ser anuais ou perenes. As espécies mais cultivadas são a lavanda-inglesa (L. angustifolia ou L. officinalis), a lavanda-francesa (L. x intermedia) e a lavanda-espanhola (L. stoechas). Esta última, assim como L. dentata, e L. multifida são largamente utilizadas no paisagismo, enquanto que a lavanda-inglesa e a lavanda-francesa apresentam maior aptidão como medicinal e na extração de óleo essencial para perfumaria.
As lavandas apresentam folhas opostas, lineares ou lanceoladas, branco-tomentosas e muito aromáticas, de onde se extrai o seu valioso óleo essencial. Suas flores azuis ou arroxeadas reúnem-se em inflorescências tipo espiga e são bastante perfumadas. Ocorrem ainda diversos híbridos e variedades, como a 'Alba' de flores brancas, a 'Hidcote Pink' de flores róseas ou a 'Nana' de pequeno porte. A floração inicia na primavera se estendendo pelo verão, atraindo abelhas e borboletas.
As lavandas são excelentes para compor maciços, bordaduras ou pequenas cercas-vivas, mas podem prestar-se como arbustinhos isolados ou em grupos irregulares, perfeitos em jardins. Não devem faltar também em canteiros de ervas e desenvolvem-se muito bem em vasos e jardineiras. Estas pequenas plantas revelam-se polivalentes, com usos paisagísticos, medicinais, aromáticos, na indústria de perfumes, sabonetes e cosmético e até em aplicações culinárias.

Origem: Mediterrâneo, África Tropical e Índia

Cultivo - Solo/Clima : De fácil cultivo, esta erva precisa de uma incidência solar de no mínimo 4 horas diárias e um solo bem drenado pois o excesso de umidade faz com que suas raízes apodreçam. Para que fique sempre bonita as mudas devem ser replantadas a cada 2 anos.

Partes usadas: Folhas e flores

Uso terapêutico: Calmante suave e digestiva. Combate cólicas, indigestão, fermentações e os gases intestinais.
Quando testado pela Escola de Medicina da Universidade de Miami, comprovou-se, por meio do eletroencefalograma, que o óleo de lavanda aumenta as ondas beta, que correspondem a um estado mais relaxado. Outros benefícios medidos: queda no índice de depressão e aumento da habilidade em computar dados (embora não de maneira rápida).

Propriedades do óleo essencial de lavanda: Segundo a aromaterapia são atribuídos os seguintes efeitos ao óleo essencial de lavanda: Analgésico, anticonvulsivo, anti-séptico, antiinflamatório, cicatrizante, revigorante e sedativo. Alivia a irritação e o esgotamento mental, promovendo mais calma a vida. Sobre o corpo tem ação sedativa e ajuda a baixar a pressão arterial e reduzir a insônia. Na pele tem efeito cicatrizante em queimaduras.
Estudos farmacológicos em camundongos e ratos mostraram que a adição de doses via intraperitonial de aproximadamente 100-200 mg/kg geraram efeitos anticonvulsivantes contra choque elétrico, efeitos inibidores na atividade motora espontânea e efeitos aditivos quando combinados com diversos narcóticos. Em doses orais múltiplas de 0,4mg/kg OE de lavanda em camundongos seguido por injeção intraperitonial de pentobarbital reduziram significativamente o tempo de inicio do sono e prolongaram a duração do sono em relação ao grupo controle. Uma depressão significativa da atividade motora foi observada em camundongos expostos a uma atmosfera de Lavanda em uma gaiola escura após 30, 60 e 90 minutos. O linalol e acetato de linalila sozinhos mostraram efeitos semelhantes. Em quatro pacientes geriátricos com distúrbios do sono que vinham tomando benzodiazepinas e neurolépticos por algum tempo, as drogas sintéticas foram descontinuadas e os pacientes submetidos a “lavagem” de duas semanas (durante o qual houve uma diminuição significativa no tempo de sono), após isto foram submetidos à aromaterapia com o óleo de lavanda. O tempo de sono aumentou significativamente atingindo um nível comparável àquele alcançado previamente pelas drogas sintéticas. clique aqui para acessar a fonte

terça-feira, 12 de maio de 2009

Laboratório Horta

No Brasil, a partir de 2005, o Sistema Único de Saúde (SUS) aprovou a Política Nacional de Medicina Natural e Práticas Complementares, tendo como uma das terapias aprovadas: a fitoterapia.
Neste contexto, em outubro de 2008, foi implantado pelos naturólogos, um Laboratório Horta, no Programa Estadual Saúde do Adolescente (Posto de Saúde de Pinheiros).

Através da visão multidisciplinar do Programa e da concepção da Naturologia — ciência da saúde, que aborda formas de tratamento naturais e integrais, com o intuito de promover, manter e recuperar o bem-estar, a qualidade de vida e o equilíbrio entre o ser humano e o meio em que vive — trabalhamos uma série de atividades.


Estas atividades procuram:
— despertar a consciência ambiental;
— perceber que os acontecimentos seguem um ritmo;
— aproximar o adolescente de seus familiares;
— explorar os sentidos;
— ensinar o uso racional das plantas na fitoterapia e na alimentação;
— levar o adolescente a participar do seu processo de cura.