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Família: Labiadas
O manjericão, ocimum basilicum, derivando da palavra grega basilikon que está associada a nobreza, é uma planta herbácea da família das lamiaceas ocorrendo em mais de 60 espécies e apresentando propriedades aromáticas e medicinais.
Sua origem é asiática sendo muito cultuado e utilizado na índia, onde ele era considerado sagrado e invocado para afastar o mal, já em Creta “amor lavado em lagrimas ” e os italianos usam para presentear a pessoa amada. Registros que datam 2000 a.C. citam o comercio de manjericão entre os hindus e os egípcios.
Apresenta um caule ereto e ramificado atingindo entre 0,5 e 1 metro de altura. Suas folhas delicadas possuem um formato ovalado e uma coloração que pode variar em tons de verdes, vermelhos e roxos. As inflorescências são do tipo espiga e compostas por flores brancas, lilases ou avermelhadas. A polinização é cruzada e seus frutos são do tipo aquênio possuindo uma coloração preto-azulada.
As variedades de manjericão podem ser identificadas, por suas variações na cor, tamanho e forma das folhas, porte da planta e concentração de aroma, que pode ser classificado como: doce, limão, cinamato ou canela, cânfora, anis e cravo.
Seu óleo essencial é extraído das folhas e ápices com inflorescências através de hidrodestilações, sendo o óleo de manjericão europeu o mais valorizado no mercado, onde os principais constituintes são o linalol (40,5 a 48,2%) e metil-cavicol (estragol) (28,9 a 31,6%).
Cultivo - Solo/Clima: É uma planta anual ou perene, gosta do clima tropical e solos drenados, ricos em matéria orgânica e levemente alcalinos. Propaga-se por sementes ou estacas herbáceas de ponteiros de plantas matrizes selecionadas pelo vigor e sanidade, o plantio aconselhado no início da primavera, logo após as primeiras chuvas.
Espaçamento – A densidade de plantas por hectare pode variar em função do sistema de cultivo adotado. Para cultivos caseiros ou em pequenas áreas, o espaçamento recomendado é de 0,6 m entre linhas e 0,4 m entre plantas. Cultivos intensivos com colheita mecânica requerem espaçamentos adequados ao tráfego de máquinas. Informações mais detalhadas devem ser obtidas com técnicos especialistas.
Manejo - É exigente em água e tratos culturais, necessitando fertilizações freqüentes quando se deseja cortes sucessivos da planta. Nesse caso, capinas, controle de doenças, fertilizações com nitrogênio e potássio em cobertura, e aplicações de compostos orgânicos são fundamentais.
Fertilizações – Costuma-se fazer aplicações de 5 kg m-2 de esterco de curral curtido em lavouras comerciais.
Colheita - o primeiro corte é feito 3 meses após o plantio das mudas no campo, devendo ser realizado a 40 cm do nível do solo para que a planta não morra e tenha rápida resposta na produção de novos ramos. Os próximos cortes devem ser realizados a cada 50 a 60 dias, ou quando as copas estiverem se encontrando, para evitar que as folhas na parte de baixo caiam com a pouca luminosidade. O intervalo entre os cortes pode variar com a época do ano, sendo que no inverno a taxa de crescimento das plantas reduz drasticamente, mesmo com sistema de irrigação instalado. As flores são fontes de néctar para abelhas melíferas, não sendo recomendo tirá-las.
A produção média de massa seca da parte aérea total acumulada em um ano de cultivo (somatório de ramos secos mais folhas secas) gira em torno de 3 t ha-1 (15 t ha-1 de massa fresca por ano), sendo 1,5 t ha-1 de folhas secas, mas pode alcançar até 33 t ha-1 de massa seca da parte aérea total (165 t ha-1 de massa fresca por ano), sendo 15 t ha-1 de folhas secas.
Extração de óleo – A extração do óleo essencial de manjericão é feita normalmente pelo processo de destilação (arraste de vapor), tendo como principal componente o linalol. O rendimento de óleo na massa fresca total da planta (folhas mais ramos) está ao redor de 0,3 a 0,58%.
Pequenas quantidades de mudas podem ser adquiridas em supermercados ou viveiristas, enquanto sementes podem ser compradas em lojas de produtos agropecuários. Consultar o Departamento de Plantas Aromáticas e Medicinais do Centro de Horticultura do Instituto Agronômico (IAC), em Campinas (SP) para aquisição de grandes quantidades de sementes e mudas ou obtenção de informações adicionais sobre a cultura.
Partes usadas: Folhas e flores.
Princípios ativos principais: Óleos essenciais até 1,5% sendo a maior parte o estragol seguido por cineol, linalol, eugenol, hidrocarbonetos monoterpénicos e acetato de linalilo. Flavonóides, sais minerais, saponósidos, taninos e ácidos fenólicos.
Uso Medicinal: Seu chá quente é ótimo contra atrasos do ciclo menstrual. É antiespasmódica, gastrite, calmante leve, dor de cabeça. Pode também ser misturado à água do banho contra stress.
Na medicina popular, as suas folhas e flores são utilizadas no preparo de chás por suas propriedades tônicas e digestivas, sendo frequentemente utilizadas no tratamento de enjôos, vômitos e dores de estômago. São indicados ainda para problemas respiratórios e reumáticos.
Indicações terapêuticas: Anorexia, constipação leve, hipo ou hipersecreção, cólicas intestinais, flatulências, diurético, resfriados, tosse, enxaquecas, infecções orofaríngeas, sintomas reumáticos e dores musculares.
Repelência Sobre Adultos. Nos tratamentos à base de pós da parte aérea de C. ambrosioides, de folhas de E. citriodora, L. glyptocarpa, M. pulegium, O. basilicum, O. minimum e R. graveolens; de cascas dos frutos de C. reticulata e C. sinensis e de frutos de L. glyptocarpa e M. azedarach, as porcentagens de insetos atraídos foram menores do que nas respectivas testemunhas, podendo, os mesmos serem considerados repelentes com base nesse critério.
O óleo essencial do manjericão mostrou-se eficaz na inibição de germinação de conídios de C. graminicola conforme citado em estudo por uso de extratos vegetais no controle de fungos fitopatogênicos.
Contra indicação: O óleo essencial não é indicado para uso interno no período de gestação e aleitamento, e em pessoas com problemas intestinais e doenças neurológicas
Culinário: O manjericão é muito utilizado na culinária italiana principalmente nas receitas que utilizam tomates. Também utilizados na preparação de arroz, carnes, peixes, frutos do mar, saladas, legumes e hortaliças, em omeletes, queijos, batatas entre outros. Suas folhas frescas devem ser acrescentadas no final do cozimento para que seus princípios ativos sejam preservados.
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AI NAÕ ENSSIA A RECEITA QUE É O MAIS IMPORTANTE
ResponderExcluirimportante era saber escrever...
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