sábado, 5 de dezembro de 2015

Cavalinha (Equisetum arvense)

Cavalinha



Nome científico: Equisetum arvense

Outros Nomes Populares: Cauda-de-cavalo, rabo-de-cavalo, horsetail (inglês), cola de caballo (espanhol), milho-de-cobra, cauda-de-raposa, cana-de-jacaré, erva-canudo, lixa-vegetal

Família: Equisetáceas

Parte Utilizada: Ramo estéril

Descrição Botânica: Perene, rizomatosa, caracterizada por apresentar dois tipos de talos: Férteis, acinzentados, que nascem no final do inverno e terminam em espigas de 10 a 20 cm de altura e Estéreis, verdes, de 20 a 80 cm de altura, que aparecem no verão e “morrem” no inverno. Ambos são finos, ocos, em formato de cana e articulados. Não produz flores e se propaga por meio de esporos. É nativo da Europa, e abundante em terrenos baldios, argilosos, arenosos e úmidos. Utilizado em jardinagem em todo o mundo.

Uso terapêutico: Remineralizante (utilizado em consolidações de fraturas e doenças reumáticas), diurético poupador de potássio, hipotensor, hemostático (reduz hemorragias), anti-inflamatório, cicatrizante, adstringente, vulnerária e antimicrobiana.

Sistemas de atuação:  
- Sistema Ósteomioarticular: Reforça o tecido conjuntivo e o tecido de sustentação, síntese de colágeno, coadjuvante em processos reumáticos e osteoporose, remineralizante, atua sobre fibroblasto.  
- Sistema Cardiocirculatório: anti-ateromatosa, anti-hipertensiva.  
- Sistema Gastrointestinal: Adstringente, cicatrizante.  
- Sistema Geniturinário: Aquarética, diurética, anti-inflamatória, antibacteriana, antisséptica, néfron protetora.

Indicação de uso:  
- Uso tópico: Decocção dos talos a 10% (100 gr/litro), utilizada para banhos e compressas;  
- Uso interno: Infusão ou decocção dos talos a 5% (50 gr/litro) – 3 a 4 xícaras ao dia; Supositórios – 200 mg- em casos de hemorróidas; Tinturas – 30 gr/500 ml de álcool de cereais – até uma colher de sopa/dia ou para uso tópico; Extrato fluído 25% - 1 a 4 ml por dia; Extrato seco – 200 a 500 mg/dia; Pó da planta – 1 a 2 gr antes de cada refeição; Obs.: Quando se pretende uma atividade diurética, a temperatura de preparo deve ser menor (inclusive na preparação de extratos), pela presença de substâncias termolábeis;  
Outros usos: Os talos secos podem ser utilizados para dar polimento em estanho, prata e madeira; Seu pó também foi utilizado por livreiros, para conservação de páginas de livros antigos; Também utilizado em agricultura orgânica como auxiliar no controle de pragas em hortas e pomares;

Constituintes Químicos: Saponinas, flavonóides, taninos, traços de alcalóides, ácidos diversos, resinas, vitamina C, lignanos e sais minerais diversos (potássio, cálcio, fósforo, ácido silícico e compostos hidrossolúveis derivados do silício)

Contraindicação: Gestantes e Lactantes

Toxicidade: Dificuldades na coordenação motora, emagrecimento, hipotermia e diarréia foram observados em animais que consumiram grandes quantidades da planta. Usos humanos prolongados podem levar a cefaléia, anorexia e disfagia, nefrite, deficiência de vitamina B e dano hepático permanente.

Interações Medicamentosas e associações: Anticoagulantes, diuréticos, antihipertensivos, cálcio e taninos

Bibliografia: KORBES, Vunibaldo Cirilo, Irmão. Plantas medicinais. 54 ed. p. 104 Francisco Beltrão: Associação de Estudos, Orientação e Assistência Rural, 2002.
STERN, Fábio L. Os aspectos sutis, simbólicos e sagrados das plantas medicinais. 1 ed.p.147-150. Curitiba: Appris, 2013.
ALONSO, J. R. Tratado de Fitofármacos y Nutracêuticos. 1ª Reimpresión. Buenos Aires:Corpus Editorial, 1998
FITOTERAPIA 

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